Olá! Neste artigo nós iremos discorrer sobre o
desarmamento civil (da população) em quatro países diferentes ao longo da
história: Reino Visigodo, Reino da Coréia, Império Ryu Kyu e Japão. Vamos lá?
Primeiro
no Ocidente...
No Ocidente nós nos deparamos com o caso visigótico: após
se apossarem da Península Ibérica (entre 411 e 500) os visigodos criaram leis e
tribunais para si (e frequentavam igrejas arianas) enquanto que as populações
de origem romana viviam debaixo de outro código de leis e frequentavam as
igrejas de credo niceno.
Sempre houve esse “apartheid” na Península Ibérica
durante o reinado visigodo. Porém essa política discriminatória chegou ao seu
ápice no reinado de Quindasvito (reinou entre 642 à 649) quando o rei ordenou
que as populações de origem romana fossem desarmadas e proibidas de formarem
milícias. Os sucessores de Quindasvito mantiveram essa lei o que deixou o país
à mercê dos muçulmanos que o invadiram em 711: o exército visigótico estava no
norte esmagando uma revolta de bascos, quando Tariq ibn-Zayed desembarcou na
Bética; não havia como formar um exército para combater os invasores o que só
piorou após o exército real visigodo ter sido derrotado em Guadalete.
Em poucos anos a Península quase inteira foi conquistada
pelos muçulmanos, o que se explica por conta do desarmamento da população.
Pelágio só resistiu com seus partidários nas Astúrias porque eram visigodos
(tinham acesso à armas).
Desarmar a população fortalece governos internamente,
porém deixa o país frágil para invasões externas, como vimos no exemplo atual e
veremos nos seguintes...
Agora
Para a Outra Península!
Na Península da Coréia existia o Reino de Choson. Os
aristocratas que governavam Choson desestimulavam a prática das artes marciais
para evitar que movimentos militares organizados os destituíssem do Poder. A
única arte marcial que se permitia a prática era o arco e flecha. O país ficou
assim pronto para ser invadido pelo shogun Hideyoshi (em 1591), que o arrasou e
só não o conquistou por causa da intervenção da Casa dos Ming, que enviaram
forte ajuda militar, além da frota do próprio Choson, que se modernizou
rapidamente e assim pode enfrentar as forças navais do Japão em pé de igualdade
no mar. Novamente vemos que desarmar a população é algo que é bom para governar
internamente um país, porém deixa-o à mercê de invasões estrangeiras...
Em
Ryu Kyu
Para quem não sabe, foi no arquipélago Ryu Kyu que
supostamente teria surgido o todê, arte marcial que daria origem ao karatê.
Quem estuda o karatê sabe que isso ocorreu (o surgimento do todê) exatamente
porque o rei Sho Hashi, senhor de Ryu Kyu, optou por desarmar a população do
arquipélago o que os deixou indefesos perante a invasão promovida pelo Clã
Satsuma em 1609. O Império Ryu Kyu teve pesadas baixas nos poucos combates
contra os satsumas e foram obrigados a pagarem tributos para o shogun.
Japão
O shogun Hideyoshi, o mesmo que invadiu e devastou a
Coréia, proibiu a população japonesa de se armar, também criou a casta dos
samurais: quem nascia em uma família de samurais teria acesso garantido a
armas, educação e privilégios. A intenção de Hideyoshi era evitar que surgisse
um camponês (como ele) e o desafiasse. Assim desde aqueles tempos (século XVI)
o Japão é um país com a população desarmada e assim se segue até aos dias
atuais, o que os tem deixado indefesos perante a República Popular da China...
Conclusão
Vemos que desarmar a população é um ato que
favorece o governo de um país, porém o deixa totalmente indefeso perante
invasões estrangeiras. Em 2003 foi sancionado no Brasil o Estatuto do
Desarmamento e em 2012 foi sancionada uma lei que proíbe as pessoas de fazerem
milícias. O cenário está preparado para sermos invadidos e dominados por
potências estrangeiras: tudo isso é culpa dos governos Lula e Dilma! Como defenderemos
a Amazônia da sanha internacional?
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