quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Desarmamento: Um Mau Pela História!

 


 

Olá! Neste artigo nós iremos discorrer sobre o desarmamento civil (da população) em quatro países diferentes ao longo da história: Reino Visigodo, Reino da Coréia, Império Ryu Kyu e Japão. Vamos lá?

 

 

Primeiro no Ocidente...

No Ocidente nós nos deparamos com o caso visigótico: após se apossarem da Península Ibérica (entre 411 e 500) os visigodos criaram leis e tribunais para si (e frequentavam igrejas arianas) enquanto que as populações de origem romana viviam debaixo de outro código de leis e frequentavam as igrejas de credo niceno.

Sempre houve esse “apartheid” na Península Ibérica durante o reinado visigodo. Porém essa política discriminatória chegou ao seu ápice no reinado de Quindasvito (reinou entre 642 à 649) quando o rei ordenou que as populações de origem romana fossem desarmadas e proibidas de formarem milícias. Os sucessores de Quindasvito mantiveram essa lei o que deixou o país à mercê dos muçulmanos que o invadiram em 711: o exército visigótico estava no norte esmagando uma revolta de bascos, quando Tariq ibn-Zayed desembarcou na Bética; não havia como formar um exército para combater os invasores o que só piorou após o exército real visigodo ter sido derrotado em Guadalete.

Em poucos anos a Península quase inteira foi conquistada pelos muçulmanos, o que se explica por conta do desarmamento da população. Pelágio só resistiu com seus partidários nas Astúrias porque eram visigodos (tinham acesso à armas).

Desarmar a população fortalece governos internamente, porém deixa o país frágil para invasões externas, como vimos no exemplo atual e veremos nos seguintes...

 

 

Agora Para a Outra Península!

Na Península da Coréia existia o Reino de Choson. Os aristocratas que governavam Choson desestimulavam a prática das artes marciais para evitar que movimentos militares organizados os destituíssem do Poder. A única arte marcial que se permitia a prática era o arco e flecha. O país ficou assim pronto para ser invadido pelo shogun Hideyoshi (em 1591), que o arrasou e só não o conquistou por causa da intervenção da Casa dos Ming, que enviaram forte ajuda militar, além da frota do próprio Choson, que se modernizou rapidamente e assim pode enfrentar as forças navais do Japão em pé de igualdade no mar. Novamente vemos que desarmar a população é algo que é bom para governar internamente um país, porém deixa-o à mercê de invasões estrangeiras...

 

 

Em Ryu Kyu

Para quem não sabe, foi no arquipélago Ryu Kyu que supostamente teria surgido o todê, arte marcial que daria origem ao karatê. Quem estuda o karatê sabe que isso ocorreu (o surgimento do todê) exatamente porque o rei Sho Hashi, senhor de Ryu Kyu, optou por desarmar a população do arquipélago o que os deixou indefesos perante a invasão promovida pelo Clã Satsuma em 1609. O Império Ryu Kyu teve pesadas baixas nos poucos combates contra os satsumas e foram obrigados a pagarem tributos para o shogun.

 

 

Japão

O shogun Hideyoshi, o mesmo que invadiu e devastou a Coréia, proibiu a população japonesa de se armar, também criou a casta dos samurais: quem nascia em uma família de samurais teria acesso garantido a armas, educação e privilégios. A intenção de Hideyoshi era evitar que surgisse um camponês (como ele) e o desafiasse. Assim desde aqueles tempos (século XVI) o Japão é um país com a população desarmada e assim se segue até aos dias atuais, o que os tem deixado indefesos perante a República Popular da China...

 

 

Conclusão

Vemos que desarmar a população é um ato que favorece o governo de um país, porém o deixa totalmente indefeso perante invasões estrangeiras. Em 2003 foi sancionado no Brasil o Estatuto do Desarmamento e em 2012 foi sancionada uma lei que proíbe as pessoas de fazerem milícias. O cenário está preparado para sermos invadidos e dominados por potências estrangeiras: tudo isso é culpa dos governos Lula e Dilma! Como defenderemos a Amazônia da sanha internacional?

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