Olá! Neste texto veremos sobre as origens e obrigações carregadas pelos portadores dos títulos de: Conde, Duque e Marquês.
Conde
Este título tem as suas origens no Principado (Império) Romano, mais precisamente no século IV d.C, quando o imperador Constantino I, o Grande, reformou a Legião Romana: foram criadas duas tropas, os Limitanei (que patrulhavam os Limites do Império – daí o nome) e os Comitatensis, que eram comandados por oficiais chamados de “Comites” (“Acompanhantes”). O título de “Conde” tem origem nos Comites, chefes das tropas que acompanhavam o imperador ao campo de batalha e que costumavam aquartelarem-se próximo de onde encontravam-se o Augusto e a sua corte.
A partir do reinado de Valentiniano III (425 á 455), os Condes adquiriram importância ímpar, pois foi neles que a imperatriz-mãe, Gala Placídia, apoiou-se para governar durante a menoridade de Valentiniano III, com destaque para os condes Bonifácio (Conde da África) e Aécio (Conde das Gálias).
Com a Queda do Império Romano Ocidental (476) os reis bárbaros que ocuparam os territórios uma vez pertencentes á Roma, passaram a chamarem os seus homens de maior confiança de “Condes”.
Na hierarquia Nobiliárquica, o Conde está no mesmo nível que o Duque e o Marquês, porém abaixo do Príncipe, do Rei e do Imperador.
Marquês
O termo “Marquês” deriva do dialeto provençal (dialeto falado e escrito do Sul da França – região da Provença) e significa “aquele que cuida da Marca”. Os soberanos da Casa Carolíngia determinaram que os nobres responsáveis por guardar os limites (marcas) do seu Reino se chamariam Marqueses. Os marqueses adquiriram importância ímpar no reinado de Carlos Magno, que foi o ápice do Reino Franco, com destaque para os marqueses da Alemanha e da Espanha.
Duque
Com origens no Império Romano Tardio (a partir de 400) a palavra “Duque” deriva do latim “Dux”, que significa literalmente “aquele que diz (o que deve ser feito)”.
O título era tão importante, que líderes regionais pós-colapso do Império Romano do Ocidente normalmente eram referidos em documentos não como “reis”, mas sim como “duques”. O primeiro documento que menciona o personagem “Artur” se refere á ele como o Duque da Guerra (“Dux Bellorum”) dos bretões e não como um rei.
Fechamento
Bom, eu espero que tenha sido produtivo esse texto! Para encerrar essa série, no próximo episódio eu irei falar sobre o Príncipe, o Rei e o Imperador. Até lá!
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