Origens
Dom Diogo nasceu por volta de 1600 em Portugal (em plena era da União Ibérica), filho de Dom João Gomes Quaresma, foi um militar, mestre esgrimista e autor de tratados de esgrima.
Vida
Começou a sua carreira militar ainda em 1626, quando durante a sua ida para o combate, o seu navio naufragou na Gasconha (Reino da França).
O seu primeiro tratado de esgrima é o “Oplosophia e a Verdadeira Destreza das Armas” (escrito e publicado em 1628 – manuscrito MS Vermelho.nº.91), ), claramente um manual de esgrima baseado na “Destreza”, a esgrima praticada na Espanha com a rapiera.
Quando em 1/12/1640 o então duque de Bragança, Dom João, deu um golpe-de-estado separando o Reino de Portugal da Casa Habsburgo e tornando-se ele próprio rei como D.João IV (fundando a sua própria dinastia, a Casa Real de Bragança) D.Diogo ficou ao lado dos independentistas portugueses e serviu como mestre-de-campo (o equivalente a época como general) das hostes portuguesas contra os exércitos da Casa Habsburgo.
No ano de 1653, escreveu outro tratado de esgrima, o “Memorial da Prática da Montante” (manuscrito MS 49.III.20.nº.21) ) que é o manual mais usado em nossos dias para quem deseja aprender a lutar com uma espada Montante (também conhecida como “Great Sword” em inglês, “Spadone” em italiano e “Zweihander” em alemão), também conhecida como as 16 Regras e Contra-Regras de Figueiredo, onde ele exibe todo o seu conhecimento prático no manuseio da espada montante, a mais cultuada espada do Reino de Portugal durante os gloriosos dias da Casa de Avis. D.Diogo escreveu esse segundo tratado visando preservar o ensino desta espada e toda a cultura que havia sido desenvolvida em torno dela (uma cultura lusitana em contraponto à cultura espanhola).
Como militar D.Diogo foi bem-sucedido, participando como mestre-de-campo em três das cinco maiores vitórias de Portugal contra os Habsburgo, com destaque para as batalhas de Montijo, Linhas de Elvas e a defesa da Aldeia de Almeida.
Foi tutor do príncipe-herdeiro D.Teodósio (filho do rei D.João IV e de D.Luísa de Gusmão) que morreria antes de ser aclamado rei de Portugal (vítima da “Maldição dos Braganças”?): o Memorial da Prática do Montante foi escrito e dedicado ao príncipe.
Fim
Morreu no dia 30/09/1685, com mais de oitenta anos de idade (bastante senil para a época!). Foi sepultado no Mosteiro de Trinidade farto de dias e sabendo que a sua pátria estava em paz com a Espanha, além de vê-la livre dos Habsburgos ainda em vida.
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