Olá! Hoje estudaremos um pouco sobre o gládio.
Origem
Gládio é um termo aportuguesado do latim “gladius”, palavra esta que basicamente significa: “espada”. Apesar do nome desta espada ser latino, a origem da arma é na Península Ibérica: durante a Segunda Guerra Púnica (218 a.C – 201 a.C), os romanos tiveram que invadir as colônias que pertenciam á Cartago e que estavam localizadas na já referida península. Durante a invasão, os romanos tiveram que se defrontar com tribos de celtas que eram aliados dos púnicos (ou cartagineses, se você preferir) e algumas delas utilizavam uma espada curta contra os romanos (que na época empunhavam a kopis, afinal as legiões romanas eram herdeiras dos hoplitas helênicos) que viram na arma um grande potencial bélico e a adotaram para si. Essa espada curta emprestada dos celtas ibéricos foi chamada pelos romanos de “gladius hispaniensis”, ou “espada espanhola” em uma tradução literal.
Tipos e Modelos
Historicamente falando só houve um gládio, que é o tipo “hispaniensis”, porém arqueólogos encontraram em sítios arqueológicos, gládios cujo desenho diferiam ligeiramente da forma do gladius hispaniensis e assim eles definiram que o gládio possuía quatro “versões”.
As quatro definições artificiais que arqueólogos e historiadores usam para o gládio.
É importante ressaltar que para os romanos de outrora, só havia UM TIPO de gládio! Essas nomenclaturas são utilizadas apenas por historiadores e arqueólogos contemporâneos! As diferenças nos desenhos das gladius se dava pelo fato de que a espada era feita de maneira artesanal, por ferreiros em diversas partes do Mediterrâneo, assim era impossível obter uma padronização na fabricação do mesmo!
Maneira de Se Utilizar
Um gládio era utilizado em golpes de estocadas pelos seus usuários. Em testes que eu fiz, a arma se comportou extremamente boa em estocadas e menos satisfatoriamente em golpes que envolviam o corte, confirmando aquilo que eu já havia estudado em documentários, livros, revistas e séries: o gládio foi feito para se perfurar e não cortar, embora o faça muito bem! Quem sabe lutar com facas facilmente se adapta ao gládio, pois ele funciona como uma “faca grande”, grosseiramente falando. Se você tiver um gládio, treine sequências de estocada que visem o abdômen e a garganta do adversário, sendo que o golpe favorito dos legionários romanos era estocar o abdômen de seus inimigos!
Utilizar um gládio é simples, porém exige treinamento no uso da arma, além de resistência física, mas ambos podem ser adquiridos com treino. E lembre-se de que o gládio é uma espada feita para se utilizar com um escudo, sendo que pode-se facilmente adaptar o uso dele com um broquel!
Ao utilizar o gládio da maneira correta (com ataques de estocada e diretos no alvo, sem firulas) facilmente se observa que a arma foi adotada pelos romanos por algumas razões:
·
Simplicidade
no desenho, em contraste com a kopis, que é curva. A simplicidade
fazia os custos de produção cair.
·
Simplicidade
em se utilizar a arma, que basicamente se resume em estocar os
adversários com ataques diretos.
·
É
uma arma curta, o que facilitava a coesão dos legionários
romanos no campo de batalha, que em formação de falange (chamadas de “manipulus” em latim) avançavam
ordenadamente como uma massa de pessoas, contra os inimigos.
O
Gládio Perante Outras Espadas
Comparar o gládio com outras espadas é covardia, pois é uma arma condicionada a ser utilizada em certas situações no campo de batalha. Para ser 100% eficaz, o gládio precisa:
Quaisquer comparações que se faça com o gládio deverá ser feita sob essa ótica exposta nos tópicos anteriores, caso contrário é pura falácia!
Por Que o Gládio Deixou de Ser Utilizado?
O gládio como dito anteriormente era utilizado pelos legionários romanos em campo de batalha e os mesmos se moviam em equipe. A partir da segunda metade do século II d.C, os inimigos de Roma (mais precisamente os bárbaros germânicos e celtas) passaram a evitar grandes confrontos com os romanos, além de passarem a utilizarem mais cavalaria do que infantaria nas táticas contra os legionários, o que obrigou os imperadores a refazerem taticamente a Legião (Marco Aurélio ordenou que os grandes manipulus fossem desfeitos para que os legionários fossem para a batalha em equipes de até cinco pessoas e que podiam se dispersar caso a necessidade pedisse – Sétimo Severo durante as suas campanhas contra os celtas que viviam no que hoje é a Escócia, viu que a cavalaria inimiga usava uma espada longa durante os seus ataques eficazes contra Roma, então substituiu o gládio pela spatha, sendo o gládio delegado apenas para as tropas de infantaria ligeira).
A arma foi deixada de lado não por falta de capacidade da mesma, mas sim porque a nova realidade tática nas batalhas exigia isso: a arma era curta demais para ser utilizada por tropas de cavalaria, pois Sétimo Severo (reinou de 193 d.C á 211 d.C) teve que enfrentar cavaleiros partos (especialmente os cefratários – ou cataphract) e cavaleiros celtas (ou pictos, se preferir) em longas e sangrentas campanhas militares. A partir dele a importância do legionarii (um infante que combatia a pé) começou a decair em favor do equestrii (ou cavaleiro), mas isso é outra história para outro artigo...
Eu publiquei um vídeo no YouTube falando sobre o Gládio, está em língua portuguesa:
LEIA TAMBÉM: Gládio (Gladius): Como Usar?
LEIA TAMBÉM: Armas de Defesa!
LEIA TAMBÉM: Tipos de Espadas Existentes
LEIA TAMBÉM: Como Escolher Uma Espada
Comparar o gládio com outras espadas é covardia, pois é uma arma condicionada a ser utilizada em certas situações no campo de batalha. Para ser 100% eficaz, o gládio precisa:
·
Ser utilizado em conjunto com um escudo (ou
broquel).
·
Ser utilizado por soldados que se movam em
equipe.
·
Ser utilizado por uma pessoa de baixa
estatura.
Quaisquer comparações que se faça com o gládio deverá ser feita sob essa ótica exposta nos tópicos anteriores, caso contrário é pura falácia!
Por Que o Gládio Deixou de Ser Utilizado?
O gládio como dito anteriormente era utilizado pelos legionários romanos em campo de batalha e os mesmos se moviam em equipe. A partir da segunda metade do século II d.C, os inimigos de Roma (mais precisamente os bárbaros germânicos e celtas) passaram a evitar grandes confrontos com os romanos, além de passarem a utilizarem mais cavalaria do que infantaria nas táticas contra os legionários, o que obrigou os imperadores a refazerem taticamente a Legião (Marco Aurélio ordenou que os grandes manipulus fossem desfeitos para que os legionários fossem para a batalha em equipes de até cinco pessoas e que podiam se dispersar caso a necessidade pedisse – Sétimo Severo durante as suas campanhas contra os celtas que viviam no que hoje é a Escócia, viu que a cavalaria inimiga usava uma espada longa durante os seus ataques eficazes contra Roma, então substituiu o gládio pela spatha, sendo o gládio delegado apenas para as tropas de infantaria ligeira).
A arma foi deixada de lado não por falta de capacidade da mesma, mas sim porque a nova realidade tática nas batalhas exigia isso: a arma era curta demais para ser utilizada por tropas de cavalaria, pois Sétimo Severo (reinou de 193 d.C á 211 d.C) teve que enfrentar cavaleiros partos (especialmente os cefratários – ou cataphract) e cavaleiros celtas (ou pictos, se preferir) em longas e sangrentas campanhas militares. A partir dele a importância do legionarii (um infante que combatia a pé) começou a decair em favor do equestrii (ou cavaleiro), mas isso é outra história para outro artigo...
Eu publiquei um vídeo no YouTube falando sobre o Gládio, está em língua portuguesa:
LEIA TAMBÉM: Gládio (Gladius): Como Usar?
LEIA TAMBÉM: Armas de Defesa!
LEIA TAMBÉM: Tipos de Espadas Existentes
LEIA TAMBÉM: Como Escolher Uma Espada
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